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terça-feira, 16 de julho de 2013

QUEM GARANTE QUE A BÍBLIA É EXATA?



Você já pensou, em qual garantia tem de que a bíblia é palavra de deus? Ela foi escrita por homens, tão homens quanto o que escreveu o Alcorão e os Vedas, foi compilada pela Igreja Católica e pelos judeus (no caso das escrituras hebraicas). Quem pode te garantir que ela não foi manipulada? Quem te garante que os seus textos são sagrados? E os apócrifos? Só porque a igreja diz que são apócrifos eles foram tirados da bíblia? Não há nenhuma garantia a mais na sua bíblia do que no alcorão, portanto, de que deus é mais deus do que Alah ou o Macaco Hanumann. N.S.

Que a Paz do Senhor seja com você.

Você está confundindo a causa com o efeito. Talvez para a maioria da religião, e das pessoas religiosas que são a maioria dos que professam a fé, isso seja verdade. Da maneira como você colocou, a Bíblia é a causa, e Deus é o efeito, e conhecemos Deus através da Bíblia. Tal como os Vedas são a causa, e os deuses hindus são o efeito. Buda é a causa, e a busca de iluminação é o efeito. Os relatos são as causas, os deuses os efeitos. Isso é verdade para a religião, mas não para Deus.

Quer saber se um crente realmente conhece Deus? Se a fosse inquestionavelmente provado que a Bíblia está errada, que foi invenção, que Jesus Cristo foi invenção, ele ainda creria em Deus? Se ele descobrisse que o inferno não existe, e que ele não precisa ser santo para alcançar a salvação, pois todos serão salvos, mesmo os mais cruéis dos homens, ele ainda seguiria Jesus? Se ele soubesse que não há Vida Eterna, que o Reino de Deus só significa uma vida melhor e em paz aqui na Terra, ele ainda seguiria Jesus? Se a resposta para essas perguntas for não, ele não conhece a Deus. 

Mas está esquecendo N.S, que está falando Daquele que criou todas as coisas, e que dá ordem para o movimento dos planetas e das galáxias através da sua Palavra. A Palavra que sustenta a ordem do Universo, e que cuidou para que a natureza se desenvolvesse ao ponto de criar as árvores de onde se extrai o papel da Bíblia, e ao ponto de se desenvolver até a inteligência que extrai o papel da árvore, pode caber, ou ser limitada nas poucas dezenas de livros da Bíblia? Onde estavam os escritores da Bíblia quando ele chamou todas as coisas à existência? Onde eles estavam quando os anjos aplaudiam em júbilo a criação da Terra? Onde eles estavam quando Deus transformou rocha em solo e nutrientes para o desenvolvimento da vida? 

Eu particularmente, não creio em Deus por causa da Bíblia. Mas creio na Bíblia por causa de Deus. Ora, se Deus está vivo, e presente em minha vida como o ar que eu respiro, ele é a causa, e a Bíblia “um” efeito entre milhares. A Palavra de Deus está na Bíblia, mas a Bíblia não tem a exclusividade da Palavra de Deus. Antes de haver Bíblia, Abraão, Abel, Moisés e muitos outros já andavam com Deus. Antes de haver Bíblia Abraão estava disposto a sacrificar seu único filho a Deus, pois já tinha a certeza de que a mesma Palavra que lhe fizera a promessa da descendência de Isaque, e que lhe dera um filho em plena velhice, é a Palavra que mantém todo o Cosmos, e que cuida de cada batida do seu coração e que o mantém vivo. A mesma Palavra que sustenta os Céus e as estrelas, e não tendo ainda caído nenhuma estrela ou desabado o Céu, a promessa não deixaria de ser cumprida em Isaque. Isso, sem existir Bíblia, sem existir promessa de Vida Eterna ou ameaça do inferno. 

Então, você me pergunta: mas você só sabe da história de Abraão por causa da Bíblia, então como sabe que ela é real? Porque ela se repete na minha vida hoje, todos os dias. A presença de Deus na minha vida é testemunha de que esses relatos são verdadeiros. Essa é a ordem certa de causa e efeito para quem conhece a Deus: eu não creio em Deus por causa do relato de Abraão, mas porque conheço Deus, creio no relato de Abraão, entendeu? 

A pronunciação inspirada não é exclusividade de alguns homens que escreveram a Bíblia, ela vem acontecendo todos os dias, desde o princípio dos tempos, e você irá encontrar a Palavra de Deus na Bíblia, no Corão, nos Vedas, em cartas escritas por crianças, em cartas de amor de casais apaixonados, e até em bloguinho humilde na internet. Quando um homem fala com amor, e escreve com amor, esse fala e escreve por inspiração divina, pois Deus é Amor, e o Amor sublime e verdadeiro não pode ser extraído de outra fonte senão de Deus. Essa é a marca que está em mim, e que faz a história do homem relatada na Bíblia, desde Adão, a minha história.

Que a Paz seja convosco.

RELIGIÃO DEPENDE DA CULTURA?



Diga-me se estou errado. É cristão porque nasceu no Brasil. Se tivesse nascido na Arábia seria muçulmano, e estaria de rosto no chão voltado para Meca, e se tivesse nascido em Israel, estaria batendo a cabeça no muro das lamentações certo? Se tivesse nascido na tribo de índios estaria dançando a dança da chuva. Estou errado?  Por que então a sua está certa e a dos outros errada? Foste você tão privilegiado assim por ter nascido no lugar certo? E os pobres coitados foram tão azarados de terem nascido no lugar errado?

N.S.

Ninguém está certo ou errado por ter nascido em determinado lugar ou por pertencer a determinada religião. Caráter, justiça, piedade e amor não dependem de religião ou ideologia. E se essas virtudes são tão superiores a ponto de serem independentes de religião, quanto mais será Deus que é a fonte dessas virtudes. Assim, a religião imaculada para Deus não depende de região, cultura ou ideologia, mas do coração do homem que a pratica.

Veja o que é a religião aceitável a Deus, segundo a Bíblia:


“A religião pura e imaculada diante de nosso Deus e Pai é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas aflições e guardar-se isento da corrupção do mundo.” (Tiago 1:27 ).

Como percebe irmão (porque, se você faz essas coisas, independente de ser cristão, islâmico, ateu ou budista, você é meu irmão em Cristo, e se não o conhece ainda, fique certo de que há de ser encontrado e ajuntado ao seu rebanho). Todo o resto (religião) são coisas de homens.


Falando em religião, você está certo, se não tivesse nascido em um país cristão, talvez eu não tivesse algum dia pertencido ao cristianismo (falo assim porque hoje já não pertenço mais ao cristianismo). Eu poderia ter sido muçulmano, hindu ou até ateu.

Mas falando de Deus, independente de algum dia eu ter sido muçulmano, hindu ou cristão, eu com certeza o teria conhecido, pois ele é Deus, e não um deus de barro ou de bronze, criado por mãos humanas, sendo assim, como pode o Criador depender da criação da sua criatura (religião) para se dar a conhecer a quem Ele quiser? 

Deus não tem sua ação limitada a um sistema de dogmas e doutrinas. Deus não depende de seus “representantes” para atuar na Terra. Se o homem não é dono do vento, quanto mais será do Criador do vento. Se o homem não distingue onde o vento vai soprar, quanto mais o fará com o Criador do vento. 

Homens como Abraão, Jó, Noé, e o grego Epimênides, serviram a Deus e nunca pertenceram a uma religião. Eles foram humildes, e reconheceram que há algo maior que a Criação, e chamaram de Deus a força que eles não podiam explicar. Prestaram culto a Deus da forma mais humilde possível: praticando a justiça e a piedade. Assim como queriam ser tratados, eles tratavam o seu próximo. E assim, sem conhecer a Deus pessoalmente, ou ter qualquer prova de que ele existia, esses homens foram humildes para reconhecer a possibilidade de existir algo maior que eles, e que esse algo maior que eles se importava com eles, pois levantava todos os dias o Sol para aquecê-los. Assim, mostraram que não precisa pertencer a uma religião para agradar a Deus, e Deus, se agradando da humildade, da mansidão, da piedade e da justiça desses homens, se apresentou a eles, tal como se apresentou a mim, e tal como pode também se apresentar a você.

Não falo de um deus de barro, ou de uma sistematização da divindade criada por homens, coisas que sim, teriam minha crença vinculada à cultura onde nasci e fui criado. Mas falo de um Deus vivo, mais livre que o vento, e mais impetuoso que a tempestade, e que templo ou sistema de dogmas poderia conter tamanha majestade? Mas esse Deus, impetuoso demais para caber em qualquer templo ou religião, se faz leve como uma brisa para caber no coraçãozinho mais manso e humilde que o busca. Nesse contexto, a religião é como uma criança que tenta saltar para o colo do pai, que em pé, se torna inalcançável. Mas o que busca Deus com coração manso e humilde, praticando a justiça e a piedade, pede colo ao pai, e ele se ajoelha e o toma nos braços. Nesse contexto, a religião é como construir a Torre de Babel para subir até Deus, quando Deus se dispõe a descer até nós como Jesus Cristo. 

“Acordei em um quarto arrumado, e ao lado da minha cama estava servido um delicioso desjejum. Eu não fiz nada para merecer isso, e nem mesmo havia pedido. Foi então para mim, uma Graça que recebi. Não sabia quem preparou tudo isso, ou mesmo se alguém havia preparado. Não sabendo quem preparou, passei a tratar com a mesma hospitalidade todo aquele que encontrava, pensando assim: pode ser qualquer um desses.”.

Essa é a expressão de um coração humilde que não conhece Deus, que nem mesmo sabe se há Deus, mas cujo coração já pertence a Deus, e Deus há de ajuntá-lo ao seu rebanho. 

Talvez se eu não tivesse nascido no Brasil, eu não pertenceria ao cristianismo, como não pertenço, mas com a mesma certeza de que vivo, eu teria conhecido a Deus e a Jesus Cristo. 

Nasci no Brasil, mas me converti do ateísmo a Jesus Cristo. Nascer em um país cristão não me impediu de ser ateu. Assim como nascer em um país muçulmano não me impediria de conhecer a Deus. Quando eu pertencia ao cristianismo, eu já era ateu em meu coração. Mas ainda não havia recebido o conhecimento para me tornar exteriormente ateu. E foi somente me tornando ateu, que ironicamente me aproximei de Deus. Tal como eu, há muitos que já tem em seu coração o discipulado de Jesus, mas que exteriormente ainda não receberam o conhecimento. Mas Deus julga o coração dos homens, e se ele levanta todos os dias o Sol para nos aquecer, com certeza haverá de dar seu conhecimento e sua sabedoria para esses homens de bom coração. 

Nem todos os discípulos de Jesus pertencem ao cristianismo. Há muitos deles espalhados como islâmicos, budistas, e até ateus. O que te torna um discípulo do Senhor não é uma denominação religiosa, mas fazer a vontade do Pai que está nos Céus. 

Quando se tem o coração manso e humilde, é questão de tempo o conhecimento de Deus, mas não a sua filiação, pois desde já é filho de Deus. E não faço questão de pertencer ao cristianismo, mas de ser filho de Deus.

Quem pratica a justiça e ama o seu irmão, é filho de Deus. Nem todos os filhos estão na casa do Pai, mas esse prometeu que como pastor ajuntaria todas as suas ovelhas, estejam onde estiverem. A mesma Palavra que promete isso, é que mantém a ordem do Universo, e que deu ordem para as batidas do meu coração, e que encheu os meus pulmões de vida. Antes da Palavra do Senhor não se cumprir, os Céus desabariam como água sobre nossas cabeças. A minha vida é testemunha de que sua Palavra é Verdade, e que se cumprirá na vida de todos os filhos de Deus. E Ele os ajuntará, nem que seja como Raabe, que passou toda a sua vida como prostituta, e recebeu a sua salvação no dia em que escondeu em sua casa os filhos de Israel, os ajuntará para si, nem que seja no momento da sua morte, nas suas últimas horas de vida, como aquele ladrão que morreu ao lado do Senhor, os ajuntará para si, nem que seja no final dos tempos, depois da morte, quando supostamente não haveria esperança, e quando assim sucederá a eles: 

“Quando eu, o Filho do Homem, vier na minha glória com todos os anjos, então sentar-me-ei no meu trono glorioso, e todas as nações serão reunidas diante de mim. Separarei o povo como um pastor aparta as ovelhas das cabras, e porei as ovelhas à minha direita e as cabras à minha esquerda. E então eu, o rei, direi aos que estiverem à minha direita: 'Venham, filhos felizes do meu Pai, para o reino que vos foi preparado desde o princípio do mundo. Porque tive fome e deram-me de comer; tive sede e deram-me água; era estranho e convidaram-me para vossas casas; andava nu e vestiram-me; estive doente e cuidaram de mim; estive na prisão e visitaram-me”.


“Esses homens justos perguntarão: 'Senhor, quando foi que alguma vez te vimos com fome e te demos de comer? Ou com sede e te demos de beber? Ou, sendo um estranho, te hospedamos? Ou nu, te vestimos? Quando te vimos alguma vez doente, ou na prisão, e te visitamos?”

“E eu, o rei, lhes direi: 'Quando fizeram isso a um destes meus mais insignificantes irmãos, a mim o fizeram!”