Lá no céu, agente vai poder pecar?
É isso mesmo, será que será possível cometer pecado lá no céu?
Provavelmente a sua resposta é que NÃO, então eu complemento:
Por qual motivo, razão ou circunstancia o anjo Lucifer caiu do céu juntamente com uma galera de anjos se não pelo pecado?
E qual a garantia teológica de sua resposta?
Fiquem todos vós amados de Deus, chamados santos, na profunda Graça, Paz e tranqüilidade de Deus nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo.
Seja Céu ou um Paraíso na Terra. A resposta é a mesma e simples. Quando seu
filho é criança, e quer colocar a mão na tomada, você o proíbe certo? Talvez
até o puna para que não lhe aconteça coisa pior (levar um choque). Mas quando
ele cresce e se torna maduro, já não haverá necessidade disso, porque ele já
saberá que isso será prejudicial para ele, e não será mais controlado pelo
impulso/instinto/curiosidade de colocar a mão na tomada. É a mesma coisa com o
pecado.
Às vezes temos o pensamento de
que Deus nos proíbe de pecar por tirania (eu não considero isso santo e
pronto). Mas Deus é comparado por Jesus a um Pai Excelente. Um Pai excelente
não proíbe o filho de brincar na hora certa, de comer boas coisas com
moderação, não o manda estudar por tirania etc.., mas tudo faz para o bem do
próprio filho. Assim, é hoje na Terra. E quando estivermos no Céu, ou Paraíso, seja qual for sua crença, será como o
filho maduro, que não será mais controlado pelo instinto/impulso/curiosidade de
pecar (por isso, seremos como anjos, perfeitos).
Quanto à "possibilidade de
pecar", acho que vai existir no Céu sim, assim como sempre existiu para os
anjos (caso não, Lúcifer não teria pecado quando tudo era perfeito, pois Deus
criou tudo perfeito). Se não houver a "possibilidade de pecar", você
não seria livre, não teria vida em si, mas seria um robô, uma formiga, um ser
programado a fazer algo, e seu amor a Deus não seria voluntário, mas
condicionado, como um robô programado para amar.
A diferença é que nós estaremos
em estado de perfeição, conscientes, livres da compulsão pela morte, e mais do
que isso: já teremos tido como exemplo qual foi o resultado da desobediência à
Deus (toda a história da humanidade sem Deus, desde Adão).
Já terá sido provado o amor de
Deus, que ele é o Pai Excelente, que não há vida longe dele, que nós não
estamos aptos a nos governar sozinhos (nossa própria história dirá isso), e que se o homem não segue os padrões de
Deus ele corrompe ele mesmo e toda a vida à sua volta. Ou seja, quem pecar no
Céu, estará consciente das consequências, e não haverá motivo para Deus
aceitar, como aceitou com Adão, pagando Deus o preço da desobediência de Adão (na
Cruz).
Deus nos deu o presente da vida,
ele desejou dividir a vida conosco. Se Deus nos obrigasse a viver a Vida
Eterna, ele seria um tirano, e a vida não seria um presente, mas uma obrigação. Todo
presente pode ser aceito ou recusado. O pecado no céu só poderá ocorrer de forma voluntária e consciente, e não mais por impulso, e será a porta de saída da
vida, estará ali para todos que quiserem recusar o presente de Deus (lhe
entregar de volta a Vida Eterna) e voltar à inexistência.
Que o Espírito o ensine.
Jesus disse que a filha de Jairo estava “dormindo”. Ele disse “não temam os que podem matar o corpo”. Ele ressuscitou Lázaro, mas, o que aconteceu depois? Lázaro morreu de novo. Ou seja, que diferença fez? Somente para dar testemunho do que Deus faria no futuro. De qua a morte para Deus é um sono, pois ele é a ressureição e a vida. Mas se não houvesse a vida eterna, não faria diferença Lázaro ter ressuscitado para morrer de novo, ter morrido com 3 ou 70 anos.
Ou seja, a vida efêmera que vivemos não significa vida para Deus, e a morte que aqui temos também não significa morte para Deus, mas um sono.
Todo o mal da Terra é fruto das nossas ações. Infelizmente, depois da “Queda” de Adão, o pecado e seus frutos (falta de auto controle, falta de amor, arrogância, orgulho, lascívia, paixões desenfreadas, luxúria, ódio, inveja, desejos desnaturais etc..) entraram no mundo, e com ele a morte e seus frutos (imperfeições físicas e psicológicas). Deus não “aprova” o resultado do pecado de Adão. Ele não queria ver crianças nascendo deformadas, com doenças psicossomáticas, mães matando filhos, filhos matando mães, pessoas em depressão, pessoas com síndrome de pânico, crianças passando fome enquanto outros vivem na fartura etc.. Ele não “aprova” essas coisas, mas “permite” que aconteçam.
No final, tudo será uma lição da qual a dor nem nos lembraremos, e ficará provado que o Projeto de Deus (a Criação) é perfeito, mas tal como um homem é imperfeito sem um braço (a lei da Gravidade), sem os olhos (a justiça), sem o coração (o amor), ou sem o cérebro (Deus), a Criação sem o Criador se torna imperfeita.
Mas se Deus simplesmente afirmasse isso, e nos obrigasse a aceitar sua imposição, ele não seria justo, mas um tirano. Mas ele nos avisou do perigo, e nos permitiu a chance de nos governar, para que não só acreditássemos em sua Palavra, mas para que provássemos, e vissemos com nossos próprios olhos, para que futuramente ninguém diga que Deus é injusto ou tirano.
Ele não nos obrigou a aceitar dividir a Vida com ele, mas deixou as portas abertas para quem não desejar receber esse presente (o pecado, a Árvore do Bem e do Mal), pois um presente (a Vida Eterna) não pode ser imposto, mas deve ser oferecido, podendo ser aceito ou recusado.
Por enquanto, você pode optar por viver longe da fonte de energia (no mal), mas no final, toda a história de sofrimento dos homens será uma história educativa contada por Deus, onde nós vivemos sentimos a história na pele (como um programa de realidade virtual), para aprendermos como funciona a “máquina perfeita” sem a “peça” governante, para que então, possamos escolher conscientemente, sem traumas, sem ignorância, sem os pesos históricos e culturais, sem as imperfeições da carne, na Luz da Verdade, se desejamos fazer parte dela, se desejamos aceitar esse