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quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

OS SACRIFÍCIOS DE ANIMAIS



Tem evangélico que condena rituais de magia negra. Seu deus adora sangue. Em muitas passagens bíblicas, deus dá instruções detalhadas para sacrifícios de animais. Tais rituais sangrentos devem ser importantes para deus, considerando o número de vezes que ele repete as instruções. Do primeiro ao nono capítulo do Levítico.

Antes de responder, você deve ter em mente que Deus trata conosco conforme nosso nível de amadurecimento, tal como um Pai faz com seu filho. Um pai justo não vai julgar igualmente os erros de uma criança de 3 anos, e um adolescente de 16 anos. Hoje consideramos infantis as coisas que fazíamos como crianças. Algumas, até cruéis (crianças que amarram marimbondos em barbantes, matam formigas para brincar etc.), mas entendemos que nossa mentalidade e nosso nível de amadurecimento intelectual era outro. Da mesma forma, julgamos esses povos do passado como primitivos e bárbados, e assim Deus os tratava, dentro das suas limitações, e os homens que foram justos nesses dias, dentro das suas limitações, não se viam como bárbaros, e Deus os tratava conforme seu nível de entendimento. E talvez nós também sejamos um dia considerados bárbaros para gerações futuras. No Éden, o ideal de Deus era que o homem fosse vegetariano, mas o homem caiu, se corrompeu, e Deus com sua imensa misericórdia trata o homem considerando suas limitações. Da mesma forma, no futuro talvez em um mundo vegano, as pessoas do futuro nos considerem bárbaros (para mentes muito "evoluídas", talvez nossos açougues e matadouros, poderão ser considerados cenários tão cruéis quanto campos de concentração ou senzalas de escravos). Por que matar um animal para usar sua pele, ou como cobaias de experiências, ou para carregar peso, ou mesmo para nossa alimentação prazerosa (pois hoje podemos viver sem carne animal), é menos cruel que sacrificá-los para Deus? Você vai responder: "porque são necessidades". Assim também, naquela época os sacrifícios eram necessidades espirituais na mente daquele povo. Hoje você não precisa mais comer carne, mas não consegue viver sem. Com a evolução da tecnologia e da ciência nutricionista, é pelo prazer que comemos carne, não pela necessidade. Os sacrifícios eram a forma daquele povo adorar, assim como para nós é importante a oração, e para os orientais a meditação. Deus ordenar aquele povo parar de sacrificar, seria o mesmo que mandar o oriental parar de meditar, ou o ocidental parar de orar.

Deus nos julga conforme nossas limitações (ainda bem, ou seríamos todos condenados). Um pai justo elogia tanto uma criança de 3 anos que se sujou toda fazendo um desenho horrível, para agradar o pai, quanto o filho de 16 anos que tirou uma boa nota na escola. Não podemos compará-los, devemos julgar cada um segundo seu nível de amadurecimento. Se Deus nos tratasse com o rigor que merecemos, nós simplesmente não estaríamos aqui discutindo essa questão, pois não merecemos sequer uma batida do nosso coração, que Deus mantém por misericórdia, graça e esperança na nossa redenção.

Por exemplo, seria inútil Deus tratar com um povo bárbaro e primitivo dessa forma: "Sejam bonzinhos e não explorem seus empregados, deixem-nos descansar." Há muitas brechas para interpretações maldosas. Deus então, pensando no pobre que seria oprimido, "fala" na língua que o bárbaro entende: "Ninguém vai na trabalhar no Sábado, nem você, nem seus filhos, nem seus empregados, nem seus animais, sobre risco de pena capital, isso é um pecado terrível." Pronto, recado dado. O senhor não vai poder "manobrar" a lei de Deus dizendo: "mas meu empregado quis trabalhar, eu vou pagar mais pelo trabalho no sábado, vou compensar, ele quem quis", não, a ordem de Deus é clara para evitar exploração do oprimido, e a pena capital pesa sobre o senhor (para que ele não dê a desculpa que o empregado quis trabalhar por vontade própria). Se hoje, com todas as leis trabalhistas ainda exploram empregados, imagine naqueles tempos.

Assim também Deus não poderia dizer: "Naqueles dias, sejam pacientes com suas mulheres, elas estarão alteradas e precisam de compreensão". Naqueles tempos a mulher era vista como propriedade do homem, imagine uma mulher menstruada no deserto escaldante, com escassez de água, o estresse, as cólicas etc., então Deus entendendo a mente primitiva e bárbara daquele povo, dizia: "Nesses dias as mulheres estão impuras, não devem ser tocadas, devem ser mantidas isoladas ou vocês também se tornarão impuros". Era uma forma de Deus proteger a mulher do homem naqueles dias, dar a ela descanso e conforto, pois o homem temeria ficar impuro ao se aproximar daquela mulher, dado o nível de superstição naquela época.

Um conto chinês diz que um homem sofria muito com as constantes brigas entre sua esposa e sua mãe. As duas verdadeiramente se odiavam. Então o homem colocou um plano em prática. Disse para sua mulher: "Vamos matar minha mãe, é o único jeito de termos paz. Mas se o fizermos agora, todos desconfiarão de você, pois todos sabem que a odeia. Então eu vou viajar por um mês, e você vai tratá-la bem nesse tempo. Então quando eu voltar, a envenenamos e ninguém vai desconfiar de você, pois todos verão que vocês duas passaram a se dar bem." A mulher ficou radiante com o plano, e o colocaram em prática. Mas conforme a mulher tentava tratar bem a sogra, esta a rechaçava, era ingrata, a maltratava. Mas a mulher insistia, persistente em seu objetivo, ansiosa por se livrar da sogra. Então depois de alguns dias, vendo que mesmo a rechaçando de forma tão rude, a nora persistia em tratá-la bem, a sogra começou a ficar com peso na consciência, vendo que estava agindo de forma monstruosa com alguém que tentava se aproximar, e então passou a retribuir as gentilezas da nora. Quando o marido voltou, disse à esposa: "Pronto, todo mundo agora acredita que vocês duas estão se dando bem, podemos finalmente colocar nosso plano em prática." E a esposa gritou: "Não, não vamos fazer isso, eu passei a amá-la de verdade, e ela também a me amar".

O marido sabia que pelas vias normais de conversa, não conseguiria fazer as duas se darem bem. O nosso lado primitivo é muito forte, é mais fácil odiar que amar. Então o marido usou de uma estratégia para driblar o lado primitivo da esposa e da mãe, ele o enganou, e usou o próprio lado primitivo (o ódio da esposa) contra ele mesmo.

É exatamente o que Deus fazia com aquele povo bíblico.

Deus vai nos tratar conforme nosso nível de amadurecimento, tenha isso em mente, e ele deseja que nós nos desenvolvamos por conta própria, e que nossa sociedade evolua, pelo nosso próprio esforço. Portanto, mais do que olhar atitudes bárbaras de povos primitivos para julgá-los, deveríamos observar também as nossas, e tentar melhorá-las. Não seremos diferentes deles, quando formos vistos por gerações futuras, por isso devemos nos lembrar que pela medida com que julgarmos, seremos julgados. Vale sempre a pena ser misericordioso.

Os sacrifícios não foram pedidos por Deus, mas regulamentados. O povo já sacrificava animais, era a forma como aquele povo primitivo sabia adorar os deuses. Deus não precisa de sacrifícios, não precisa sequer das nossas orações. São as formas que encontramos para adorar a Deus. Naquele tempo, pedir para o povo parar de sacrificar, seria como nos dias de hoje Deus nos ordenar a parar de orar. Ele não precisa dessas coisas, mas nós precisamos, é a forma de nos conectar ao Divino, de adorar a Deus. Portanto Deus não instituiu os sacrifícios, ele os regulamentou (regulamentou uma prática que já existia).

A regulamentação dos sacrifícios foi uma medida para reduzir um mal inevitável. É como legalizar as bebidas alcoólicas para reduzir o tráfico ilegal (sabendo que o ser humano não vai parar de usar drogas com a proibição). O ideal seria que o ser humano não usasse drogas, mas conhecendo a mente humana, e sabendo que é inevitável, e que a proibição não vai impedir o ser humano de usar, se regulamenta para evitar um mal maior.

Uma situação semelhante, seriam três filhos que todos os dias entregassem para o pai um monte de desenhos com rabiscos, competindo entre si sobre qual desenho é melhor. Para o pai, não passam de rabiscos, dinheiro desperdiçado com folhas e tintas, árvores destruídas para nada, e uma disputa de egos. Mas para os filhos, é uma forma de agradecerem e agradarem ao pai, e também de buscar sua aprovação, que será importante para seu desenvolvimento. Então o pai sabiamente regula aquela situação. Ele limita o número de folhas, e pede que eles desenhem juntos  na mesma folha (incentivando a cooperação, e não a competição). Foi exatamente assim com os sacrifícios.

Naquela época cada casa fazia seus sacrifícios indiscriminadamente. Sacrificavam por tudo. Eles achavam que assim como o animal se desmaterializava e se transformava em fumaça ao ser queimado, a fumaça que subia aos Céus seria materializada lá em cima, e os deuses comeriam seus sacrifícios e lhes retribuiriam bençãos. Era uma matança indiscriminada. Quando não eram atendidos, achavam que deviam sacrificar mais (alguns chegavam ao ponto do sacrifício humano). Então Deus, como pai anteriormente citado, regula toda aquela situação (sem tirar deles, a única forma de adoração que entendiam).

Deus limita o número de sacrifícios, limita o local dos sacrifícios (somente no Templo), limita quem poderia fazer os sacrifícios (sacerdotes), estimula a cooperação (todos se juntavam no Templo, onde aprendiam a Lei de Deus), dá uma função social aos sacrifícios (os pobres comiam deles, os sacerdotes, as viúvas, os órfãos), evita o desperdício da vida animal (não poderia sobrar, o animal deveria ser consumido no dia), estimula o bom trato dos animais (os animais deveriam ser perfeitos, não poderiam ter sido feridos, portanto o proprietário deveria cuidar e dar uma vida digna para aquele animal até o dia do seu abate), proíbe a crueldade no abate (haviam leis rígidas para que o animal fosse abatido por um profissional temente a Deus, capacitado a abater o animal sem dor), ensina o valor da vida animal (a pessoa deveria estar ao lado do animal no momento do sacrifício, e por a mão sobre ele enquanto é abatido, se conscientizando de aquela vida está sendo sacrificada para que a dele continuasse vivo).

Será que nós hoje, tratamos os animais como os israelitas? Verificamos a procedência da carne que consumimos? Verificamos se nossos animais são bem tratados antes do abate? Se sofrem? Temos respeito pelas suas vidas, ao ponto de não desperdiçarmos alimento? Dividimos o que temos com os mais necessitados?

Eu vejo muito mais consciência pela vida animal nos sacrifícios, do que nas pessoas de hoje que compram carne no mercado como se aquilo já nascesse ali embalado, sem sequer saber o que passou o animal sacrificado para te alimentar ou para o seu prazer durante um churrasco.   

O animal morre no lugar do homem, morre para te alimentar, morre para que você continue vivo, mas nos dias atuais não temos consciência disso. Na cerimônia sacrificial, diante desse horror, o homem deveria tomar consciência da gravidade do seu pecado, ele colocava a mão sobre o animal enquanto ele era sacrificado, sabendo que o animal perdia sua vida para que ele continuasse vivo.

E aí vem a questão: O animal que nós comemos hoje, valeu a pena ele morrer por nós? Ele morreu para que continuasse vivendo um ser humano que faz bem ao mundo, ou sua vida foi desperdiçada para viver alguém que pratica o mal?

O pecado (a luxúria, a cobiça, a ganância, a falta de piedade, o orgulho, o egoísmo) do homem é algo tão grave, que faz um apresentador de televisão comprar um iate de 15 milhões, enquanto milhões de crianças morrem de fome na África. O pecado do homem é algo tão mais horroroso que esses sacrifícios, que fazem um governo lançar um míssil cujo custo poderia alimentar 50 milhões de vidas. Que faz uma filha planejar a morte de sua mãe, e a mãe enforcar e lançar uma criança do alto de um edifício.

Hoje essas coisas não nos chocam mais, mas os israelitas eram obrigados a viver esse choque durante esses sacrifícios, onde tomavam consciência da gravidade dos seus pecados, sabendo que ele é quem deveria estar no lugar daquele animal.

Mais horroroso e chocante que isso, foi o próprio Senhor, compartilhar do destino desses animais, e se oferecer como sacrifício vivo, para a redenção dos homens. O sacrifício foi não somente para os homens, mas também para os animais, visto que ele substituiu a cerimônia sacrificial, em um ato em que o próprio Senhor se ofereceu como sacrifício vivo, no lugar dos homens e dos animais.

Tal como o sacrifício dos animais era chocante, horroroso, e deveria conscientizar o homem da gravidade do seu pecado, o sacrifício de alguém que tem consciência da dor e da humilhação que está sentindo, e que nunca mais esquecerá dela, deveria ser muito mais chocante, e nos conscientizar muito mais da gravidade do nosso ato, do quanto alguém sofreu e foi humilhado por nosso pecado.

Mas sabe o que eu acho mais chocante? Alguém se horrorizar com o sacrifício e o sangue derramado desses animais, e continuar pecando, cedendo ao egoísmo, a ganância, a soberba, a cobiça, inveja, luxúria, sendo parte de uma cadeia de atos que gera algo muito mais chocante: a fome, a miséria, o sofrimento de pais pelos filhos, e de filhos pelos pais, de estupros, violência doméstica, de negligência médica, da opressão dos pobres, de guerras, assassinatos passionais, um homem que para saciar seu prazer se embebeda e bate na esposa, atropela uma criança e causa a dor de uma família inteira. Alguém que compra CD pirata, e com o dinheiro dessa venda financia a arma que vai tirar a vida de um pai de família.

Todos nós somos parte dessa cadeia. Desde o homem que compra um celular sem necessidade, enquanto um menino carente vende bala no sinal, ao que compra um CD pirata, e financia o tráfico de drogas, ao que incentiva programas de televisão que deturpam virtudes como honra e honestidade.

Não é horrível, um pai ver um irmão oprimindo e maltratando o outro irmão? Ou um irmão se fartando de comer, não dividindo o que come, e deixando o outro irmão passando fome? É horrível, é chocante. E crendo ou não em Deus, somos irmãos, e tivemos um ancestral comum, seja um símio, ou seja um “boneco de barro”.

Então, que esse choque e esse horror pela descrição da morte desses animais, mesmo que você a considere uma história inventada, seja uma história de conscientização, para nos atentar para a gravidade dos nossos atos, pois nessa história, real ou não, o Senhor não foi insensível com a morte dos animais, mas se ofereceu no lugar deles, para que hoje tomemos consciência da única forma de evitar esse horror muito mais grave, que é resultado dos nossos pecados, e essa forma é: amarmos uns aos outros, como ele nos amou.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

POR QUE DEUS PERMITE AS CALAMIDADES?...



POR QUE DEUS PERMITE AS CALAMIDADES?... - Retirado do site: www.caiofabio.net

"Porque ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na videira; ainda que decepcione o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja gado; Todavia eu me alegrarei no SENHOR; exultarei no Deus da minha salvação. Javé Deus é a minha força, e fará os meus pés como os das cervas, e me fará andar sobre as minhas alturas".
Habacuque 3:17-19


 
Na realidade essa é uma questão de mamíferos humanos ao "deus criador dos mamíferos humanos".

É uma questão de mamíferos humanos porque em tais questões ninguém pergunta por mortes de animais, peixes, floras, e outros entes vivos à nossa volta, aos trilhões...

Sim, é uma angustia de mamíferos humanos porque o que interessa é apenas a interrupção da ordem humana ou não...

Mas de onde vem essa ideia de que "Deus" tem que cuidar dos mamíferos humanos mais do que de qualquer outra criatura universal?

Ou por que os mamíferos humanos têm essa presunção de superioridade?

Ora, em lugar algum na Escritura se promete uma suspensão mágica da Natureza e suas leis e fenômenos se os mamíferos humanos se comportarem...

No Pentateuco há aquelas promessas decorrentes da Obediência Absoluta, que somente Jesus praticou, e que nos asseguram que vivendo daquele modo, em harmonia absoluta com tudo e todos, os males fugiriam de nós.

Porém, nenhum geração bíblica ou universal jamais teve esses história para contar...

Ao contrário, Jesus veio e disse que universalmente todos temos aflições; e que o poder para enfrentar tais realidades não decorre da suspensão do trágico, mas sim do bom ânimo com o qual se o vence.

Ora, o que eu acho é esse debate sobre o "deus-natureza"... ou sobre "o deus responsável pela natureza"... é algo tão medieval que me cansa.

É o conflito do livro "A Peste". Ou você ajuda a natureza e não combate os ratos, que são natureza; ou você luta contra Deus indo contra a natureza, e vence os ratos; posto que na mentalidade Ocidental "Deus e a Natureza" se tornaram quase extensivos..., no sentido de que a Natureza não é Deus, mas é a "deusa executiva" das cacetadas de "Deus" nos mamíferos humanos não comportados... Patético!

Ora, a gente encontra essa questão o tempo todo nas Escrituras sendo levantada por Israel.

A resposta dos profetas era: "Porque vocês deixaram a verdade e o amor".

No entanto, conte nas Escrituras quantas Calamidades Judaicas vieram da Natureza e quantas vieram dos outros mamíferos humanos punindo Israel ou apenas invadindo porque podiam...

Ou seja: quase tudo o que chamamos de calamidade vem de nós mesmos ou das nossas relações ou des-relações com outros mamíferos humanos hostis.

Quando vejo um Tsunami irrompendo sobre a Terra nunca penso em Deus, mas na força dos fenômenos criados...

Então, vejo o pessoal querendo responder por "Deus" um problema que pra Deus não é problema. Pois, assim como eu existo livre [...] a natureza também tem suas 'liberdades'... que acontecem na deflagração dos seus sistemas e mecânicas autônomas... Daí o nome ser n-a-t-u-r-e-z-a.

Ou seja: a Natureza tem vida própria, assim como nós; embora a nossa aconteça com a presunção do auto-conhecimento [mais que relativo], e a existência da Natureza aconteça na mecânica do Natural; ou seja: do que tendo sido criado tornou-se algo em-si como fenômeno...; e que acontece de modo automático uma vez que as cadeias se deflagrem fenomenologicamente falando.

O conceito da Natureza como "deusa das execuções penais de Deus" foi profundamente desenvolvido e convenientemente afirmado pelos teólogos católicos medievais. Ora, pouca é coisa é mais poderosa para controlar pessoas do que falar em nome de "Deus e da Natureza" à um tempo só; e mais: criando uma Teologia Moral de Causa e Efeito na observação da Natureza como "Vara Divina" em relação aos mamíferos humanos crentes.

Todavia, hoje [não de agora, entretanto], os "cristãos" sofrem na armadilha pseudo-teológica que eles mesmos criaram.

O que me impressiona é ver pastores, sacerdotes, pensadores, etc... -- se sentindo na obrigação de entender a "deusa executiva da ações penais do divino: a Natureza; mas não com uma abordagem Científica na observação dos fenômenos", porém, completamente animista e bruxa na sua concepção mágica...
E pior: tentam explicar... Rsrsrs!

Ora, quando uma calamidade Natural acontece minha última pergunta é sobre Deus. Todas as minhas perguntas são sobre os mamíferos humanos e suas intervenções diabólicas na Natureza.

Hoje quando vejo calamidades naturais eu olho no espelho!...

A culpa é minha!

Toda-via [...] existe o "ainda que"...

Sim, é com um 'ainda que' [...] que os salmistas profetas vencem a perplexidade.

"Ainda que os mares... os montes... os abismos... as ondas... as muitas águas"... ou qualquer fúria natural sobrevenha, se diz: "Nele eu confiarei".

Confiarei depois que acontecer tanto quanto antes de acontecer.

Na realidade eu sei que tudo pode acontecer!

A certeza de Deus em mim não é uma confiança de Seguradora. É apenas paz em mim; contra ou apesar de tudo ou qualquer coisa...

"Vós valeis mais que pardais"... -- ensinou Jesus.

Mas o que Jesus disse é no sentido de que calamidades podem acontecer a pardais, mas não com a gente?...

Não! Jesus falava de significado relacional com o Pai. Homens podem ter uma relação de consciência confiante em relação ao Pai, ao passo que os pardais têm um vínculo de natureza instintiva com o Pai. Confiança consciente é mais do que instinto de confiança que não sabe de si.

Portanto, pare de reclamar e de fazer perguntas de mamíferos humanos caprichosos!

"Deus! Por que eu?" - pergunta de Playboys religiosos.

O Evangelho não produz filhos de Deus playboys!

Caio
5 de janeiro de 2014
Lago Norte - Brasília