O PECADO ORIGINAL É UMA INVENÇÃO CRISTÃ?

Como Adão e Eva teriam que comer o fruto da Árvore da Vida para serem imortais, se Deus os fez mortais desde o início? Ele os criou de uma maneira tal que a morte fosse uma parte natural de sua existência, a partir do momento de sua criação! Ou seja, eles já eram mortais!

O texto bíblico de Gênesis 3:22-24 nos diz que Adão e Eva foram quase como Deus e os anjos, porque sabiam a diferença entre o Bem e o Mal. Deus e os anjos sabem a diferença entre o Bem e o Mal, mas Deus e os anjos também são imortais. Por Adão e Eva terem comido o fruto da Árvore do Conhecimento do Bem e o Mal, eles sabiam a diferença entre o Bem e o Mal como Deus e os anjos. Contudo, porque ainda não haviam comido o fruto da Árvore da Vida. Por isso Deus os afastou da Árvore da Vida retirando-os do Jardim. Isto significa que Adão e Eva não trouxeram morte ao mundo! Em outras palavras, os seres humanos não morrem devido ao pecado deles. Nós morremos pois Deus fez a morte como parte da vida a partir do momento da Criação. Não existe o pecado original!

Anônimo

Como é a interpretação cristã que está sendo posta em dúvida, não vou usar nada que se encontre no novo testamento, mas somente me manter no relato de Gênesis em si, afinal, todo o resto da Bíblia é consequência desse relato.

Isso é simples. Primeiro, Deus não pode mentir. Portanto, ele disse: se comerdes desse fruto, certamente morrerás (ou seja, segundo o aviso de Deus, o Plano dele para o homem não era a morte, caso contrário, não seria necessária essa advertência). Satanás, portanto disse o contrário, que se o homem comesse aquele fruto, não morreria, e se tornaria conhecedor do bem e do mal, como Deus e os anjos. De fato, quando o homem o fez, se tornou conhecedor do bem e do mal. Se o fato de Adão ter desobedecido Deus não implicasse na sua morte de alguma forma, então Satanás seria verdadeiro, e Deus mentiroso. É esse o caso?

Como resolver essa questão? Certamente, Deus disse que se o homem comesse o fruto, ele morreria. Mas qual seria a forma de Deus punir o homem com a morte? Você mesmo respondeu: impedindo o homem de comer da Árvore da Vida. Deus tinha um plano para o homem: torná-lo imortal como Ele e os anjos, permitindo ao homem tomar do fruto da Árvore da Vida, se o obedecesse. Como eu tenho certeza disso? Porque Deus disse que o homem poderia tomar qualquer fruto que estava no Jardim (inclusive a Árvore da Vida), menos a Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal. Tanto é verdade, que para que o homem não tomasse desse fruto (que estava acessível a ele), Deus precisou expulsar o homem do Jardim, e colocar um Querubim guardando a entrada.

Mas se o homem desobedecesse, lhe seria privada a imortalidade de alguma forma (certamente morrerás). Portanto, tem razão em dizer que Deus não fez o homem imortal, mas o fez para ser imortal. Logo, foi em conseqüência do erro de Adão (ter desobedecido Deus), que todos nós morremos, pois como Adão foi impedido de comer do fruto da Árvore da Vida, foi colocado um abismo entre ele e a imortalidade (o Querubim com a espada de fogo). Portanto, foi sim, em consequência da desobediência de Adão que a morte entrou no mundo, pois você, como descendente de Adão, pode estender a mão para tomar da Árvore da Vida e se tornar imortal? Não? E por que não? Por que Adão desobedeceu Deus, foi expulso do Éden, e impedido de tomar da Árvore da Vida. Logo, porque você morre? Por causa da desobediência de Adão, pois com ele todos nós fomos expulsos do Éden e colocados longe da Árvore da Vida. Por causa do erro de Adão, fomos impedidos de ter a obra de Deus finalizada em nós (comer da Árvore da Vida).

Então você me pergunta: como sabe que Deus permitiria ao homem comer da Árvore da Vida, ao invés de deixá-lo tendo a morte como algo natural, já que ele disse que tudo que havia criado era bom? Simples, primeiro, pela afirmação que fiz desde o início: Deus não mente, logo, se ele disse que o homem morreria se comesse da Árvore do Bem e do Mal, então o homem não deveria morrer, pois certamente Deus não queria que o homem o desobedecesse, logo, Deus não queria que o homem morresse. E qual a única forma do homem se tornar imortal? Segundo a Bíblia e você mesmo, comendo da Árvore da Vida. Segundo: Deus disse que o homem poderia comer de todas as árvores do jardim, menos a do Conhecimento do Bem e do Mal. Ou seja, a Árvore da Vida estava disponível para o homem, tanto que Deus precisou expulsá-los do Éden para impedir que eles comessem dela. Mas foi o homem que a rejeitou, e preferiu dar ouvidos à Serpente e comer primeiro da Árvore Proibida. Então, existe ou não o pecado original? Afinal, quem errou primeiro, Adão ou Caim? Se Adão não tivesse errado, e a Árvore da Vida estivesse disponível para todos, Caim e Abel falariam com Deus como Adão falava, dominariam os animais, não temeriam o amanhã quando não haveria morte, não precisariam suar para arrancar da Terra o seu alimento, não morreriam, não poderiam ser mortos. Sem o medo da morte, e com a abundância de alimentos e recursos regados pelo próprio Deus, para que a ganância de bens materiais? Vivendo em um paraíso, como homens dominariam homens para seu próprio prejuízo? Sendo imortais, o que poderiam nos fazer as doenças? Os medos? As neuroses? Não teríamos inimigos capazes de nos morder o calcanhar (porei inimizade entre tu e a Serpente). Logo, se por causa de Adão vivemos fora do Éden, e não podemos tomar da Árvore da Vida, é errado dizer que em consequência de um homem o pecado e a morte entraram no mundo?

Imagine que você esteja construindo um robô que tenha a capacidade de se reproduzir. Ele está quase pronto, só falta colocar nele uma bateria que lhe de energia infinita. Mas você o adverte: não vá embora antes que eu volte, pois se assim o fizer, certamente morrerás. O robô te desobedece e se manda. Ele irá se reproduzir, mas sem a bateria que lhe dá energia infinita. Logo, seus descendentes também morrerão, porque foram impedidos por seu pai de ter acesso à bateria infinita. Logo, porque os robôs morrem? Você respondeu assim: porque o criador os fez assim desde o início, com a morte sendo um processo natural. Não está completamente errado. Mas a resposta certa é essa: porque desobedeceram antes de serem concluídos, ficaram defeituosos porque foram embora antes de receber a peça que os deixaria perfeitos. Logo, você não pode dizer que os robôs morrem porque o criador os fez assim. Não foi culpa do criador, pois eles é que não permitiram que o criador terminasse a obra neles. Logo, eles morrem porque desobedeceram ao criador, e como consequência não receberam a fonte de energia infinita. Entendeu?

Logo, Paulo não está errado quando disse que por intermédio de um homem, o pecado entrou no mundo, e como consequência do pecado a morte. Pecado significa errar o alvo, erro. E foi o que Adão fez: desobedeceu a ordem de Deus, ou isso não é um erro? Como consequência disso, Deus lhe impediu de tomar da Árvore da Vida (de ser imortal, de não morrer). Como consequência disso, ele morreu, e afastou todos os seus filhos de tomar da Árvore da Vida e se tornarem imortais, ou seja: a morte entrou no mundo.

Além disso, não foi somente a morte que foi consequência da desobediência de Adão (pecado – erro). Após comer do fruto, Adão e Eva perceberam que estavam nus, e sentiram vergonha. Deus ainda os puniu mais pelo seu erro: a Terra se tornará maldita por tua causa. Do suor do teu rosto comerás o pão. As dores de parto da mulher também foram consequência do erro. E nos tornamos inimigos da serpente (que certamente simbolizava Satanás) por causa disso. Veja, houve mudanças significativas na Criação em função do erro de Adão, e nada disso era natural, nada disso fazia parte da vontade de Deus para o homem, mas foram conseqüências do seu erro, e todos nós herdamos isso.

  Respondida a sua pergunta, lhe deixo outra para meditar. Se Deus é infinitamente justo, e se como disse, não é justo que o homem pague pelo erro do outro, porque nós, que segundo você, não devemos pagar pelo erro de Adão, não podemos comer da Árvore da Vida e nos tornar imortais? Por que o Plano de Deus (que o homem não morresse) não pode se concretizar na nossa vida? Porque nos tornamos conhecedores do bem e do mal? Mas isso também não foi consequência do erro de Adão? Se não somos responsáveis pelo erro dele, isso não deveria ser imputado a nós. Porque nossas mulheres sofrem as dores de parto?

AFINAL, JESUS É DEUS?

Afinal, quem está certo. as testemunhas de jeová, os judeus, e outras seitas falam que trindade não existe, que Jesus é Miguel, os ateus que é criação de Constantino. Católicos e evangélicos que Jesus é Deus. Jesus era Melquisedeque? Porque algumas religiões nao acreditam na trindade. Afinal, Jesus e deus ou o que? Porque Deus deixou tanta confusão a ponto de separar a gente em varias igrejas?

Eduardo

“Mas, estes foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e que, por crerdes, tenhais vida por meio do seu nome.” — João 20:30, 31.”

Acho que esse texto, do mesmo escritor de: "E o verbo era Deus", responde a todas as perguntas, afinal, esse texto é a conclusão de todo o evangelho de João: para que saibamos que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que crendo nisso, tenhamos vida por meio do seu nome.  

Mas realmente o que temos visto é muita confusão meu amigo, mas essa confusão não veio da parte de Deus, mas como sempre dos homens. O que se vê são homens se agarrando a doutrinas e teologias como culto, e julgando uns aos outros por isso (se você acredita na Trindade é de um grupo, se não acredita é do outro), esquecendo o que é essencial. Sinceramente, eu não sei a resposta dessa perguna, nunca me preocupei com esse assunto de Trindade, Deus-Pai, Deus-Filho e Deus-Espírito Santo. O que Jesus me ensinou foi a chamar Deus de Pai, e a ele de Senhor. Procure essa resposta com os “anatomistas de espírito”, como disse o pastor Caio Fábio. Para os que sabem onde começa um espírito e termina outro, e como são as leis no plano espiritual, os que sabem individualizar os espíritos e entender os simbolismos, e que sabem o que significa dois serem um, e um ser três, ou como é um espírito sentado ao lado do outro. Eu não tenho discernimento para esse plano, e Jesus não me pediu para entender isso, porque há um só fundamento, e ele não tem nenhuma relação com a anatomia de Deus. Mas se você for curioso, vou lhe dar algumas dicas.

Esse site apresenta excelentes argumentos a favor da trindade, capaz de convencer a qualquer um:

http://desafioscristao.blogspot.com.br/.

E esse, no mesmo nível, também excelentes argumentos, contra a trindade, também capaz de convencer a qualquer um:

http://www.mentesbereanas.org/

Leia e escolha em qual prefere acreditar.

Mas se quiser procurar na Bíblia, essa pergunta já foi feita a alguém mais qualificado que eu para responder: Pedro, sem ter Bíblia para ler que o Verbo se fez carne, e que o Verbo era Deus. E essa foi sua resposta: Tu és o Cristo, o Filho do Deus Altíssimo. E Jesus aprovou essa resposta como revelada pelo próprio Pai. E nisso ele fundou sua Igreja. Esse é o fundamento, e nada tem com anatomia dos espíritos. Precisa de mais que isso? Eu não. Todo o resto é doutrina, interpretação e teologia, e nunca vi Pedro, Paulo ou qualquer outro se preocupando em explicar isso em alguma epístola. Então, que cada um escolha a interpretação que mais lhe agrade. Deus não vai julgar a interpretação, mas o resultado dela na sua vida (o fundamento é um só, mas a obra que cada um construir sobre esse fundamento será provada pelo fogo). Então avalie os frutos dela na sua vida. Ela traz a paz, ou a discórdia? A união ou a segregação? 

Eu pessoalmente, creio como Pedro que Jesus é o Messias Prometido. Creio que ele é o Cordeiro que foi Imolado antes da Fundação do Mundo. Que ele era Deus Conosco, a Imagem de Deus, onde habita toda a plenitude da Divindade. Que tudo que preciso saber do Deus Altíssimo está revelado em Cristo, e o que está além, não está revelado, e a mim não é essencial o que Deus não quis revelar, sendo colocado por mim no plano das curiosidades. 

Creio que Quando Jesus falava, era Deus quem falava conosco, que quando ele curava, era Deus quem estava curando. Que quando ele chorava, era Deus quem estava chorando. Sim, Jesus era Deus no nosso meio. Mas o que isso significa no Plano Espiritual, se ele era literalmente Deus, que era três que somado dá um, que ao mesmo tempo é três, ou que é um sentado do ladinho do outro no trono, como se os espíritos fossem como os homens na Terra, ou que o Anjo era Deus mas ao mesmo tempo não era, não faz diferença para mim agora. E Deus em Cristo ou pela boca dos profetas não me pediu para aceitar essas complicações levantadas por homens.

O que preciso saber é que Deus estava em Cristo, reconciliando o mundo consigo mesmo, que ele morreu por nossos pecados, ressuscitou, e está sentado à direita do Pai, de onde há de julgar os vivos e os mortos , e que o essencial disso é que Jesus, aquele o qual conhecemos pelos Evangelhos, é quem irá julgar os homens, e que é o principal instrumento de julgamento de Deus, a sua mão direita, e não se ele está sentado literalmente à direita de Deus, pois quem sabe como são as coisas no plano espiritual? O que preciso saber é que ele é o único intermediário entre os homens e Deus, o Rei dos Reis, e o Senhor dos Senhores. Que hoje posso me dirigir diretamente ao Pai, em nome Dele, meu Senhor e meu Rei. Que há um só Deus, Aquele que não existe, mas É, o Altíssimo, a quem Cristo me ensinou a chamar de Pai, e que há um só Senhor, Jesus o Messias, vivo desde o tempo indefinido para todo o sempre, a quem ele me ensinou a chamar de Senhor e Mestre, se dando como um irmão a mim. E que hoje ele continua no nosso meio como o Espírito Santo. O resto, Deus vai me contar um dia, com o carinho de um Pai para seu filho curioso. 

Absorver conhecimento de Deus não é conhecer a anatomia que ele não quis revelar, mas buscar avidamente os segredos que ele enterrou em Cristo, a respeito do Caminho que devemos seguir e viver, como o grande mistério de amar ao próximo como a si mesmo.   

Irmãos, se a fé em Jesus Cristo como Messias e o Filho de Deus, é o que nos une, e se as doutrinas e interpretações são o que nos separam, quem é nosso Senhor, Jesus ou as doutrinas?  

DEUS SABIA QUE ADÃO PECARIA?

Deus sabia que Adão ia comer o fruto? Se não, então ele não é onisciente. Ouvi dizer que ele só prevê o futuro quando quer, mas isso é ridículo, pois se até eu posso prever algumas ações das pessoas, imagina ele que é Todo-Poderoso. Se sim, então ele foi o responsável por todo esse mal que estamos passando, afinal, criou um caminho para o mal.

Anônimo,

Você, sabendo dos perigos do mundo, manteria seu filho acorrentado dentro de casa para protege-lo? Você, ciente que seu filho vai fechar os ouvidos para os seus conselhos, e que vai preferir ouvir seus amigos imaturos, vai experimentar a dor, a decepção, o choro, as agonias, os perigos da vida jovem, manteria seu filho constantemente dopado e incapaz de pensar por si próprio? Isso seria vida? Não seria melhor adotar um animal de estimação? Pois é isso que o seu filho seria. Deus já fez isso que esperava que ele fizesse (tirar a "Árvore do Bem e do Mal"). E o resultado disso são os animais. Você deixaria de ter um filho por causa da maldade do mundo, e porque tem ciência (assim como Deus, onisciente, tenha ciência do que o homem faria), de que em determinada fase da sua vida (puberdade), ele faria escolhas erradas?

Por isso lhe digo, uma das maiores obras de Deus, foi criar algo que ele mesmo escolheu não poder controlar (o homem).

Sendo onisciente, Deus já sabia que seus filhos comeriam da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal, assim como já sabia da necessidade da Cruz como as “dores de parto” para gerar seus filhos. Por isso, o Cordeiro já fora imolado antes da fundação do mundo, pois da Cruz Deus explodiu a vida para toda a existência. A crucificação que presenciamos é uma percepção no tempo-linear de um evento histórico que representa algo muito maior, além do espaço-tempo mensurável, decidido e sofrido pelo Criador muito antes da vida se manifestar na Terra e nos Céus, sofrida por Aquele em quem o passado, presente e futuro acontecem ao mesmo tempo. 

Ora, a Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal não representa uma “armadilha” para os habitantes do Éden, mas ela é a representação da “liberdade” do homem, a sua “diferenciação dos animais”, que obedecem aos regulamentos de Deus por instinto, sem a alternativa da “Árvore do Bem e do Mal” para decidirem viver sem Deus, para saírem do Paraíso e viver lá fora. A árvore é a simbolização da opção oferecida para os homens e os anjos, o fruto que Satanás comeu antes da árvore ser plantada no Éden, e que estará presente no Paraíso preparado para nós, pois sem ela, nosso amor ao Criador não será verdadeiro e voluntário, mas sem ter para onde ir, sem haver a opção de não ser, a vida não seria um presente dado para ser recebido, mas imposto sem poder ser recusado.

Ele criou o homem, do homem, criou a mulher, da mulher nasceu Deus e renasceram os homens, estando Deus se inserindo na criação para reconciliar toda a existência com Ele mesmo. Seria Deus injusto se tivesse imposto esse fardo somente para nós, mas Ele mesmo se inseriu na Criação para carregar o fardo de toda a humanidade.

O Governador se torna parte da obra, não porque a obra precise do Governador por ser imperfeita, mas por que a “posição de governador” faz parte do projeto da Obra Perfeita. Um relógio não tem uma fonte de energia? Isso quer dizer que ele é imperfeito? Claro que não. A planta da “criação perfeita” contemplava uma “fonte de energia” para o “relógio”. A planta da criação perfeita contemplava um cérebro para o corpo, um DNA para a célula, um governante para a criação. Isso não torna o governante necessário por causa da imperfeição, mas torna ele uma peça que compõe a perfeição, da qual, se retirada, torna a obra imperfeita. Não só o governante, mas se tirar também um braço (a lei da gravidade, por exemplo), ao invés do cérebro (Deus como governante), torna a obra imperfeita, o que não implica em dizer que a necessidade do braço torna a obra imperfeita, visto que o braço foi “projetado” para a obra perfeita, tanto quanto o cérebro.

Isso mostra que ele é justo e bom: ele não obriga ninguém a aceitá-lo como governante, mas permite a quem quiser, governar a si próprio (o significado da Árvore do Bem e do Mal), e a quem quiser, acolhe-lo como governante (o caminho de Jesus), pois ele se coloca como mais uma “peça” da “máquina perfeita”, a fonte de energia.

Nisso tudo, o mal é uma palmada na criança para ela não colocar a mão na tomada novamente, para que venha a se desenvolver e se tornar perfeita. A obra perfeita tem em seu projeto o desenvolvimento da consciência, e não uma consciência imposta. Nisso tudo, o mal é a sombra que se projeta da luz, e o frio que se projeta nos lugares onde há a ausência de energia térmica, o exemplo do efeito de se tirar a “peça” governante que faz a “máquina perfeita”, para que futuramente, à Luz da Verdade, todos estejam cientes de como funciona a “máquina perfeita”, e possam fazer a escolha conscientemente, com amor voluntário, e não forçado, de aceitar ou não o presente (seria sim um tirano, se obrigassem todos a dividirem a vida com ele). Nisso tudo, a dor produzida pelo mal será tão forte e duradoura como a dor da palmada que recebeste quando criança, e que em tantos anos de vida, não consegue mais lembrar. Quanto mais se lembrará de anos de dor na Eternidade? Quanto vale um dia para uma criança de dois dias de vida? Quanto vale oitenta anos para a Eternidade?

 

Por enquanto, você pode optar por viver longe da fonte de energia (no mal), mas no final, toda a história de sofrimento dos homens será uma história educativa contada por Deus, onde nós vivemos sentimos a história na pele (como um programa de realidade virtual), para aprendermos como funciona a “máquina perfeita” sem a “peça” governante, para que então, possamos escolher conscientemente, sem traumas, sem ignorância, sem os pesos históricos e culturais, sem as imperfeições da carne, na Luz da Verdade, se desejamos fazer parte dela, se desejamos aceitar esse presente, com amor voluntário, ou não.

POR QUE DEUS MANDA NÃO MATAR E ELE MESMO MANDA MATAR?

Se Deus nos ordena: não matarás, porque ele mesmo manda matar? Não é uma tremenda injustiça, julgar um homem por matar outro, e ele mesmo fazer isso, ou mandar o homem fazer? 

Anônimo

Lembra quando Jesus ressuscitou Lázaro? Você sabe como foi a continuação da história de Lázaro? Eu também não sei, mas de uma coisa eu sei certamente: ele morreu novamente. Ora, se o destino final é a morte, qual foi a diferença de ele ter vivido mais alguns anos de vida? Para ele, nada, mas para nós, esse testemunho real e verdadeiro mostrou o que Deus pode fazer por nós.

Se o destino final é a morte, qual a diferença entre um aborto e um que vive até os 90 anos? Do justo que foi passado pela espada em um ato de crueldade, e um injusto que teve uma morte tardia e indolor? Para eles que morreram, nenhuma, tanto um como o outro voltaram ao pó, como se nem tivessem nascido, e de nada lhes serviram as suas dores ou as suas alegrias. Mas para os vivos, é um testemunho que gera a fome de uma justiça que está além do alcance dos homens.

A vida que temos, não é vida para Deus, e nem o que chamamos de morte é a verdadeira morte para Deus, mas tão somente um sono. Somente ele pode dar a vida de verdade, e somente ele decide quem vai morrer de verdade.

Há uma pergunta do Gandalf, do Senhor dos Anéis, que responde a sua pergunta: há vivos que merecem morrer, e mortos que mereciam viver, você pode resolver isso? Se não pode, não deve decidir quem vive e quem morre. Mas Ele pode resolver isso, pois só pode tirar a vida de quem merece morrer, quem pode devolver a vida a quem merece viver. 

Um excelente relojoeiro, que conhece todas as peças de seu relógio por nome, pode quebrar o seu relógio para lhe ensinar algo importante, e depois reconstruí-lo exatamente como ele era, sem deixar nele nenhum dano ou vestígio de que foi quebrado. 

Mas se uma outra pessoa vem e quebra o seu relógio, ele não terá de lhe pagar outro relógio, ou pagar o conserto ao relojoeiro? E se ela fez isso intencionalmente, por maldade, e foge da responsabilidade, você não terá que acionar a justiça se quiser que ela pague? 

Que o Espírito o ensine.